Eu escrevo para legendar minhas fotos, para rabiscar minha
vida, para guardar experiências e lembranças. Gosto de escrever sobre mim,
sobre as minhas experiências na Igreja, sobre o que Deus sussurra em meus
ouvidos e principalmente, eu escrevo para refletir. Gosto de partilhar meus
textos com minha tia, com meus melhores amigos e especialmente de ler e
interpreta-los para mim mesmo. Talvez escrever tenha se tornado mania para
aliviar o estresse pós-morte da minha mãe. Lembro bem que tudo começou como
forma de desabafo, e após escrevê-los corria para o quintal de casa e os
queimava. Não tenho noção de quantos textos eu já escrevi e os perdi queimados,
com o alívio de ter desabafado.
Meus textos são muitas vezes desabafos, ou melhor, eles
começaram na necessidade de desabafo e ganharam espaço dentro de mim. Criei o
blog com o intuito de guardar e imortalizar na internet esses meus textos,
experiências e relatos. Escrevo quando sinto necessidade de registrar aquela
experiência e tão empolgado quanto um viajante ao conhecer um novo lugar.
Escrevo sem pretensão nenhuma de que, qualquer outra pessoa se identifique com
minha escrita, com minhas experiências e com as palavras que tantas vezes
saltam dos meus dedos.
Inicio a maior parte dos meus textos com a emoção e tomado
pela solidão. Eu preciso me conectar comigo para então me conectar com as
palavras. Não é poesia, não é frescura, não é boemia de um jovem adulto, é
apenas a forma como escrevo. Portanto escrever pra mim é além de terapia, uma
forma que eu encontrei de desabafar e me conectar com meu interior. Eu
verdadeiramente revivo minhas experiências através das minhas palavras. Ah, a
resposta da pergunta título deste texto é: PRA
MIM MESMO!