quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Para quem eu escrevo?

    Eu escrevo para legendar minhas fotos, para rabiscar minha vida, para guardar experiências e lembranças. Gosto de escrever sobre mim, sobre as minhas experiências na Igreja, sobre o que Deus sussurra em meus ouvidos e principalmente, eu escrevo para refletir. Gosto de partilhar meus textos com minha tia, com meus melhores amigos e especialmente de ler e interpreta-los para mim mesmo. Talvez escrever tenha se tornado mania para aliviar o estresse pós-morte da minha mãe. Lembro bem que tudo começou como forma de desabafo, e após escrevê-los corria para o quintal de casa e os queimava. Não tenho noção de quantos textos eu já escrevi e os perdi queimados, com o alívio de ter desabafado.

    Meus textos são muitas vezes desabafos, ou melhor, eles começaram na necessidade de desabafo e ganharam espaço dentro de mim. Criei o blog com o intuito de guardar e imortalizar na internet esses meus textos, experiências e relatos. Escrevo quando sinto necessidade de registrar aquela experiência e tão empolgado quanto um viajante ao conhecer um novo lugar. Escrevo sem pretensão nenhuma de que, qualquer outra pessoa se identifique com minha escrita, com minhas experiências e com as palavras que tantas vezes saltam dos meus dedos.

    Inicio a maior parte dos meus textos com a emoção e tomado pela solidão. Eu preciso me conectar comigo para então me conectar com as palavras. Não é poesia, não é frescura, não é boemia de um jovem adulto, é apenas a forma como escrevo. Portanto escrever pra mim é além de terapia, uma forma que eu encontrei de desabafar e me conectar com meu interior. Eu verdadeiramente revivo minhas experiências através das minhas palavras. Ah, a resposta da pergunta título deste texto é: PRA MIM MESMO!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Tá acabando...

     O sentimento já é de despedida e dever cumprido. Falta pouco para partilhar com Deus as mudanças que sofri durante esse ano. Aprendi muito, mais nada muito surpreendente, magnífico no sentido de celestial ao ponto de não ser palpável. Aprendi a esperar, silenciar, ouvir, amar quem eu nunca vi. Aprendizagem essa que me fez refletir minha inteligência emocional. Eu chorei com os problemas que se apresentaram, chorei no silêncio da madrugada voltando das reuniões. Chorei tomando banho e pensando no que nos disseram em reunião, quando nos interpretaram mal. Eu chorei, mas, nunca esmoreci.
     Nunca Deus ficou tão perto de mim e eu o senti tão longe. Nunca eu pude imaginar o quanto eu ganharia nesse ano. Deus sabe das minhas maiores dificuldades, dos motivos dos meus choros que eram combustíveis para continuar. Deus sabe o quanto eu me doei, o quanto eu quis caminhar até o final. Das cobranças familiares, das cobranças dos amigos, das cobranças que eu fiz a mim mesmo. Deus sabe o quanto de mim eu tive que abrir mão, para ser um bom cristão e consecutivamente bom nessa missão.
     Deparei-me com pessoas que me fizeram ter orgulho de ser do EJC. Mas, tiveram outras que tiraram de mim a alegria em servir. Tudo isso numa montanha russa de emoções... Foi um ano louco. Faltam pouco mais de 2 meses para acabar e os presentes que ganhei foram pessoas e não o reconhecimento delas.
     O maior presente que eu recebi foi de Deus, porque quando eu quis fugir e desistir ele mesmo não precisando de mim, se fez precisar estampando na minha cara a frase que é um convite a viver mais um 4 dia... EU PRECISO DE VOCÊ!

Dedico esta reflexão ao meu irmão, amigo e parceiro Pedro, minha prima Marta Juliana, minha melhor amiga Iza e ao meu porto seguro minha mãezinha, titia,  mãeIa.

Estou barulhento por dentro

Às vezes estou barulhento por dentro. É como se eu gritasse e não pudesse ser ouvido, é como se o mar coubesse dentro de mim, mas, ele não ...