O que pintam de mim por aí...

Não temos controle da imagem que as pessoas tem de nós. Sinceramente nunca fui de dar atenção ao que pensam de mim. Sempre fui consciente de quem sou e isso sempre me deixou muito tranquilo. A necessidade de me apresentar melhor, se deu com a expansão que eu comecei a ter. Deus, tem grande "culpa" nisso. Nos tornamos quanto cristãos, responsáveis não só por nós individualmente. O que me choca, muitas vezes é ainda acreditarem no monstro que pintam de mim por aí.

Eu entendo que seja mais fácil, ter a imagem de alguém repassada por conhecidos. Mas, eu ainda acho melhor ser dono dos meus achismos. Eu quero tirar minhas proprias conclusões, minhas próprias impressões das pessoas. Reproduzir as impressões do outro, sem ao menos dar a chance do outro de se apresentar, é privar-se no mínimo de uma amizade. É praticar também o julgamento sem conhecimento. Não, eu não sou quem pintam por aí!

Eu nao me importo com o que acham de mim! Me importo com a fundamentação que  levou a conclusão de quem eu sou, de quem você acredita que eu seja. A impressão é sua? Ou reproduzida?

Estamos reproduzindo demais aos nossos conhecidos as nossas impressões sobre as pessoas.  Estamos esquecendo de reproduzir também as coisas boas delas. Estamos esquecendo que as pessoas mudam. Estamos esquecendo que também erramos. Estamos esquecendo que em algum lugar alguém também, reproduz alguma imagem nossa. Estamos esquecendo de ser cristão.

Estão definitivamente tão certos do que eu sou o que dizem por aí, que não acreditam que eu seja capaz de um gesto de humildade. Sabe qual é o engraçado? Que as impressões mudam, quando percebem que eu definitivamente não sou o que pintam de mim por aí.

A minha oferta.

É difícil ser líder, constato isso na prática diária de abrir mão muitas vezes de mim, para oferecer o melhor de mim, mesmo estando ruim. A prática de silenciar, pedir perdão, reconhecer a miséria me leva para mais próximo de Deus.
Claro que eu me sinto muitas vezes magoado, triste e  desafiado com a missão. Trabalhar essas emoções é muito difícil, tive que esquecer que estava mal hoje, para poder dar aquilo que não esperavam de mim.
Deus ele vem em nosso socorro, ele tem o poder de transformar a imagem que por algum motivo as pessoas tem da gente.
Luto todos os dias, para não cair no pecado da arrogância e insensibilidade espiritual. As pessoas esperam sempre o pior da gente, a luta para quem está certo ou errado é enorme. Decidi que hoje, seria Deus o dono da razão.
Uma vez ouvir que nosso serviço se torna oferta quando é doado para o outro, se não chega ao coração do irmão, é apenas um serviço. Dentro da missão que hoje eu sirvo, minha intenção não é ensinar, ser dono da razão, ser reconhecido. Minha missão é tocar o coração de alguém, é mostrar o quanto eu posso ser divino sendo miserável, através da ação santificadora de Cristo.
Nem sempre conseguirei, mas, eu tentarei. Aprendemos errando, mudando, dando nossa cara a tapa. No final, terei a certeza de que meu serviço tornou-se oferta.

24 anos, a flor da idade.

Chegou, a idade mais uma vez chegou.
Já sou um homem, já devo ter responsabilidades, devo lidar com o mundo adulto com mais primazia.
Eu ainda erro sabia?
eu ainda posso errar?
Por favor, me deem o beneficio do erro.

Daqui a pouco chega os trinta.
Daqui a pouco chega os quarenta.
Daqui a pouco os cinquenta.
Será que chego aos sessenta?

Tô com crise de ansiedade.
Tô feliz pela idade.
Tô agradecido a Deus.
Tô alegre pelo carinho.

Enfim, já passou o dia do ninho.
Hoje é o dia do índio.
Hoje é o dia da realidade.
Hoje eu farei ser mais um dos meus dias.

Enfim, 24 anos...
Pra alguns eu estou na flor da idade.

Minha Lelê.

Nem sempre...

Nem sempre tem sorriso.
Nem sempre tem humildade.
Nem sempre tem perdão.
Nem sempre tem amizade.

Vamos trabalhar a realidade?
Depende do dia.
Depende do humor.
Depende se eu quero.
Depende, meu amor.

Não adianta falar.
Não adianta insistir.
Não adianta influenciar.

As vezes tem amor.
As vezes tem carinho.
As vezes tem empatia.
As vezes tem paz.
As vezes, meu bom rapaz!

Eu tento ser mais Deus.
Eu tento ser mais legal.
Eu tento ser menos sincero.
Eu tento, mais eu vivo o real.

Tenho manias.
Tenho 23.
Terei 24.

Eu sou?
Eu serei?
Eu sou rei?

Ah, me poupe!
A vida não rima.
Não adiantará insistir.
Eu sou, serei, terei e tenho o que eu me permitir.
As vezes, só as vezes, de tanto tentar, eu consigo chegar!

Solitário acompanhado.

Às vezes eu me sinto, o cara mais sozinho do mundo. Por mais que eu esteja acompanhado, e de sorriso no rosto. Não sei se isso acontece com vocês, se vocês se sentem assim.
É por muitas vezes prazeroso pra mim, estar sozinho, consigo refletir sobre tantas coisas.
Nesses dias, não tenho melhores amigos, não tem ninguém por mim, eu não sou por ninguém a não ser por mim mesmo. Hoje é um desses dias.
Tristeza não é a palavra que definiria o dia de hoje.
Eu sou um solitário acompanhado. As pessoas quase insistem em permanecer do meu lado. Mal sabem elas, que eu não sinto a presença delas.
Quando passa esse momento, as coisas mudam, meu humor muda, meu sorriso muda, minha vontade muda. A solidão da lugar para a vontade de sair do casulo da solidão, que eu, sim eu mesmo me tranquei. É loucura, mas, real.
Eu sei lidar com esses dias, é que hoje, só hoje eu queria que alguém me tirasse desse casulo a força!

Sobre o BBB...

BBB é sem dúvidas nenhuma um jogo de julgamentos,
só esquecemos que também temos nossos dias de fúria. Esquecemos que também debochamos, que não nos envolvemos em brigas que não são nossas, que somos infantis e egoístas , e até usamos nossa experiência e maturidade para conseguir conquistar o que queremos.

Mas, essas reflexões nos lembram o quanto somos exigentes com os outros e esquecemos de nos auto avaliar. E se estivéssemos sendo filmados 24h por dia? Seríamos considerados os mocinhos ou vilões? Será que nossas boas intenções, seriam interpretadas realmente como boas?

Se você é quieto, é  chato!
Se você é feliz, é chato!
Se você é certinho, é chato!
Se você é errado, é chato!

Nos BBB's da vida real (trabalho, Igreja, faculdade, futebol), somos tão personagens dessas edições de realitys shows quanto os próprios que aceitam essa loucura de game. De fato, a "porcaria" desses programas me faz refletir sobre assuntos como: amizade, interesses, relacionamento, amor e dinheiro. Eu surtaria real ao ponto de falar e magoar profundamente as pessoas. Eu me sentiria tão mal por ter feito isso que depois, buscaria as pessoas para pedir perdão, após cair na real do meu erro.

Eu também choraria e viraria as costas, se me magoassem profundamente, ao ponto de não querer conversar e esbravejar: NÃO DIRIJA A PALAVRA A MIM! (E alguns palavrões que usaria como adjetivos)

No final, eu perdoaria a todos, brindaria a graça de não ser mais televisionado e exposto ao melhor e ao pior de mim. No final de tudo a conclusão é que lutamos contra nós mesmos lá dentro. Pirar uma hora ou outra é direito de todo ser humano, claro que cada um surtará do seu jeito.

Eu hoje me elimino! O BBB  foi espelho e palco para minhas loucuras e experimentos de mim mesmo. Quem não quiser ser reproduzido nem muito interpretado, que seja o primeiro eliminado da vida.