sábado, 23 de dezembro de 2017

Quantas vezes você teve a oportunidade de recomeçar?

Estamos acostumados a cortar. Talvez porque é mais "fácil" sentir a dor do corte de uma vez só, do que a dor da costura, do conserto e do remendo. Temos aversão aos retalhos que fazem de nós e dos retalhos que tantas vezes nos tornamos para os outros.
Recomeçar é difícil porque sabemos que não voltamos os mesmos. Porque não nos reconhecemos, porque também não achamos válido praticar a marcha ré, afinal pra frente é que se anda...
E se eu quiser voltar atrás? E se meu carro tiver sensor de estacionamento? E se for difícil, mas, justo comigo mesmo eu recomeçar mais uma vez?
Talvez recomeçar não seja nem difícil pra gente... É que difícil mesmo é justificar o nosso recomeço para os outros.
Meu recomeço, meus recomeços, são como a fênix, renascem e recomeçam em números infinitos do nada, das cinzas.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Eu me lembro todos os dias de quem eu sou.

É preciso lembrar quem você é, pra não nos perdemos em quem nós somos na opinião dos outros.
Eu me lembro todos os dias, quem eu sou e ignoro o que pensam de mim, para que eu consiga sem medo e sem pressão, ser quem de fato sou na minha essência.
Sem estereótipos que me definam, sem a pretensão de agradar, de forçar e muito menos ofender ninguém.
Posso recomeçar quantas vezes eu achar necessário o jogo da minha vida. Isso incluí fazer além do que ser.
Não assinei contrato de fidelidade comigo mesmo, imagina ser fiel ao que pensam de mim....
Tá boa, que me preocupa o quanto eu sou amado ou odiado.
Como diria O Psiu: "Quero ver é notícia!"

Tem chegado a hora de dizer adeus ao Peuninho

Hoje tivemos a oportunidade de atar o laço do presente nos dado. Com o choro que de tanto a gente prender, ele saltou os olhos e escorreu. Que loucura essa tristeza/alegria.
Acabamos! Nossa missão como setoriais se encerrou da maneira mais linda, sem precisar falar nada um para o outro, seguimos viagem fazendo nossa função, analisando os ganhos espirituais, rindo das resenhas, partilhando sobre a vida e sobre o encontro, fizemos nossa avaliação, assim como fizemos em outros momentos. Talvez, tenha caído a ficha que seja a hora de seguir o bonde, de voltar de onde saímos, calados algumas vezes por entender que alguns sentimentos nos silenciam. Conhecemos o coração um do outro.
Optamos por sair de fininho de Matriz para não ter que sofrer com as despedidas. Talvez fosse desejo do nosso coração que não nos vissem chorando.
O peito aberto que fomos a Matriz (e também nas outras paróquias) deu os primeiros sintomas... Doeu o fim dessa missão... Passou um filme na cabeça.
Não é fácil encerrar, talvez seja mais difícil que começar. Não voltaremos os mesmos... Matriz obrigado por tudo! NÓS AMAMOS VOCÊS!
Tem chegado a hora de dizer adeus ao PEUNINHO.
Mais que fique registrado: Bom ou ruim, foi o nosso tudo, nosso melhor, nossa maior e mais rica oferta à Deus, foi nosso coração.

A metáfora do câncer


Ela sempre é pesada e dolorida a quem é atribuída. É claro que alguém desprovido de inteligência a usaria para ataque. Aplicar meus pensamentos em suas ideologias vingativas dá um peso e uma conotação pessoal.
O câncer, tumor maligno ou benigno, pode trazer muito desespero para quem o descobre. Trás o peso, o medo, a angústia, a sentença: Eu morrerei.

Algumas pessoas são o câncer em sua redenção, a morte que cura, a renovação, a ressegnificação do sentido da missão. Sou responsável pelo que eu falo e não pelo que interpretam. Sou o câncer benigno que assusta, mas, não mata e não destrói.

Conheci muitos cânceres e também a cura deles! Conheci e reconheci que em algumas vezes eu os tinha em mim, mais principalmente os vi nos outros, no EJC. Eu conheci muitos deles, tratei de uns, diagnostiquei alguns outros e também infelizmente alguns foram diagnosticados errados.

O pior desses cânceres é que muitas vezes eles parecem benignos. São tratados, retirados e depois voltam mais forte e se espalham. É... oncologistas também erram, também diagnosticam errado e também acertam.

A metáfora do câncer está em como se interpreta e como se enxerga o tal do câncer. Talvez eu também seja um, falante, sincero e direto. Não fujo do que falo, não me escondo por trás de nenhum órgão com o intuito de matar aos pouquinhos... Nas tomografias da vida, se descobre que um tumor até então benigno, sempre foi MALIGNO! E que os malignos eram benignos. Não volto atrás do que eu digo e acho. São dolorosas as palavras, são ferrenhas, mas nunca traiçoeiras. (Não as minhas!) Acho sim que precisamos cuidar das nossas doenças e não me excluo dessa consulta. Mais vou ter que dizer: O câncer espiritual demora muito mais tempo pra ser curado.

Titia é meu semáforo!

Cansei das vezes que ela em meio as minhas preocupações, deu o sinal Verde e claramente me tirou do engarrafamento.

Já me fez ter mais atenção no que eu dizia, me repreendendo mesmo que na ideologia das palavras, eu estivesse certo. Ela me fazia TER ATENÇÃO, e com isso antes mesmo do sinal vermelho chegar, ela me fazia frear. Cautela na direção da vida, respeito aos pedestres que transitam ou transitaram enquanto eu dirigia.

Titia nunca precisou resolver pra mim os "acidentes" que eu causei dirigindo a minha vida. Ela sempre foi o Pm honesto, que na confusão acalmava, mas não passava a mão na cabeça, porque eu era filho dela, ou parente de quem quer que seja!

Ela me deu mais sinais vermelhos que verdes, mais assim como o semáforo, ela só sinaliza, mesmo que sua vontade seja me parar a força. Ela compreende que quando eu tirei a habilitação, ela já não precisava dirigir pra mim.

Assim eu aprendi a dirigir, respeitando qualquer um... Mais principalmente, compreendendo que o semáforo é importante para nos frear,  educar e compreender que o VERDE, AMARELO E VERMELHO são cores importantíssimas à depender de quem seja seu semáforo.

Obrigado titia, por ser meu semáforo!

Não é amizade!

Não, não é amizade... é oração!
Foi um trabalho no qual deu para nós alguns amigos, reencontramos outros e em alguns casos, deu para nós a certeza de que tínhamos que passar o condução do barco.

Escolhemos Elaine e Cacá por serem acima de qualquer competência ou qualidade, NECESSITADOS de Deus. Eles reconhecem as suas misérias, eles sabem que não são os melhores, eles sabem que não é fácil, porque eles dois estiveram conosco todo esse ano.
Nossos amigos-irmãos não ficarão em nosso lugar, tomarão posse do lugar que Cristo escolheu para eles. A frente do setor que nós (Peuzinho e Eu) tanto amamos, nos doamos e que é tão amado por nós, que seria impossível entregar para alguém que não conhecêssemos a história e o coração.

Meus irmãos nós amamos vocês! Obrigado por terem dito sim ao convite de Deus. Vocês são nossa certeza de doação e amor. Vocês são nossos irmãos.
Sejam bem vindos e boa missão

Metaforicamente

Metaforicamente eu sou as minhas metáforas. As reconheço porque elas são minhas ou eu sou delas. As revelo, porque preciso externa-las com a necessidade de falar para que uma ou duas pessoas a entendam também.

As metáforas que eu usei, foram a forma mais pesada e leve que pude me expressar. Eu sou como o necessitado que busca não necessitar. Eu sou o doente e o médico, a sintonia e desarmonia.  Eu sou o incômodo que minhas teorias, pensamentos e dizeres causaram. Eu sou quem deveria, como deveria e quem me tornarei. Só espero não me tornarar as metáforas que tive a experiência de contar.

A catequese de 7 minutos

Hoje Deus resolveu me presentear com uma catequese que durou no máximo 07 min. Entrou na loja uma mãe e uma filha que ainda indecisas não sabiam o que pedir. Em uma conversa rápida, a menina escolheu um bolinho pirex, sabor queijo. A mãe por sua vez, fez seu papel,  mexeu na bolsa e como se mudasse de ideia, resolveu não mais tirar o dinheiro para pagar sem antes, nos ensinar. Isso mesmo, nos ensinar, porque eu também me incluo nesse ensinamento. Olhando para sua filha, perguntou: Quanto custa o bolinho que compramos? A filha respondeu rápido: - 2 REAIS! e a mãe continuou tirando a nota de 10 reais da bolsa, E Quanto ele devolverá para a gente?
Eu assistia tudo por trás do balcão, atento a tudo e curioso com o que aquela mãe fazia. Ela em um determinado momento virou pra mim e disse: CALMA, TENHA PACIÊNCIA! Mas, eu em nenhum momento me mostrei incomodado ou impaciente, pelo contrário, estava curioso para ver o desfecho daquela catequese que apareceu na minha frente. Na conversa da mãe e da filha, onde parecia que não existia mais ninguém no ambiente, sem contar comigo de intruso lá como telespectador. O desfecho da história é que a mãe decidiu se dedicar ali na minha frente na aprendizagem de sua filha, sem se importar com o que eu acharia se era pertinente ou não, se eu gostaria de acompanhar ou não. O jeito que ela conversava com a filha muito se parece com o jeito que minha amiga Joyce fala, fora que a catequese na qual eu falo, veio com a frase final depois de ter passado o troco e ser corrigido pela mãe: DEIXE QUE ELA  PRECISA CONTAR SOZINHA! E ao sair virou pra trás e me disse: EU NÃO ESTAREI AQUI O TEMPO TODO NÉ? UM DIA EU VOU MORRER!
Vejo Deus nessa cena, me falando que eu preciso deixar que as pessoas a minha volta aprendam, sem que eu interfira na sua aprendizagem. Deus muitas vezes me chama a ser telespectador e não o protagonista da história. Talvez eu precisasse hoje compreender que um dia minha proteção não mais existirá e eu preciso me virar. Ah, a filha tinha Down mais quem se importa com esse detalhe, quando se tem uma mãe que mais se parece com Deus?

Calma, tenha paciência! Eu estou ensinando... disse Deus para mim no trabalho hoje.

Muito nhenhenhem

As pessoas falam o que elas são ou gostariam de ser. Não consigo acreditar que ainda perdemos tempo reproduzindo situações que nos desagradam ou pessoas que nos desagradam.

É definitivamente muito nhenhenhem pra pouco: Boa sorte... Isso me incomoda um pouco, mas, não ao ponto de repensar as minhas decisões.  Que tal aproveitarmos o Natal e o ano novo pra deixar de nhenhenhem e ser mais FAZ, FAZ, FAZ. Quem sabe aí vc deixa de ser um ser humano tão infeliz.

O meu advento...

O espírito natalino existe, mesmo que não acreditemos, mesmo que a gente não sinta-o. Relevamos tantas coisas nessa época de paz, fraternidade, amor e perdão.

Aí Jesus, perdão... Como é difícil viver esse 70x7. Confesso que ao olhar teu sofrimento, me recordo do teu início, do teu nascimento, do anúncio dele. Percebo que tu vivia a época de Natal antes mesmo dele ganhar sentido. Percebo que tu viveu esse 70x7, quando deveria ter nascido como rei e nasceu como plebeu.

É Jesus, perdão... Palavra que liberta, que renova, mais acima de tudo ensina. Queria poder te dizer que hoje eu vivo essa época na sua totalidade, mas não vivo. Seria bonito, seria na verdade lindo, mais eu me recordo do meu início e vejo que quanto mais eu dou meu perdão, mais eu preciso dar. Talvez hoje silenciar é a forma que eu tenho de me preparar para perdoar. Meu advento é o silêncio e meu Natal é o perdão. Vivo hoje então, tempo de esperas, tempo, tempo, tempo de adventos.

Meu tempo de advento!

Estou barulhento por dentro

Às vezes estou barulhento por dentro. É como se eu gritasse e não pudesse ser ouvido, é como se o mar coubesse dentro de mim, mas, ele não ...