Trabalhar em equipe requer de nós um esforço grandioso. Compreender que
caminhar sozinho já não pode ser mais uma escolha e passa a ser uma decisão
pelo bem comum. Engana-se quem pensa que divergir, significa desunião.
Precisamos compreender que a cooperação de um trabalho, é importante para nosso
crescimento profissional e espiritual.
Recordo aqui da passagem bíblica, onde Jesus convida (convoca) seus
discípulos. Muitos daqueles homens nem se conheciam e a partir do convite do
Salvador, dividiram a missão de serem propagadores do Reino de Deus. E acredito
que não tenha sido fácil pra eles, assim como muitas vezes não é pra gente.
Trabalho em equipe precisa sempre se reajustar: no horário de uma
reunião, no silêncio de uma provocação, na sinceridade das palavras e no
exercício principal do cristão, o perdão. Trabalhar em equipe, é ruim, para
quem está acostumado a caminhar sozinho, uma dica que podemos dar é paciência
jovem! É difícil mudar o que estamos habituados a fazer e ser.
Não se pode dar continuidade à missão, com raiva do irmão. Seja por um
motivo grandioso ou até mesmo pelo mais bobo que seja. Não custa nada, olhar o
outro com um olhar mais misericordioso. Faço aqui um paralelo, com a figura
maternal de nossa Senhora, mãe amorosa e segura nos desejos de Deus, que nos
enxerga como crianças que necessitam de um afago. Sejamos então, um pouco de
Maria para nossos parceiros de missão.
A divisão - amizade e dirigência precisam acontecer. Lembre-se que uma
amizade pode durar uma eternidade, e a missão como dirigentes paroquiais tem
prazo de validade. Cabe a nós decidirmos o que é mais importante.
"Mais vale um cireneu que nos ajuda a carregar a nossa Cruz, que
um soldado que te chicoteia!"
É bom que tenhamos opinião formada, questionamentos a fazer. Mas, que
não esqueçamos o respeito e a obediência à hierarquia na qual somos obrigados a
viver, CRISTO É O CENTRO, A AUTORIDADE MAIOR E ETERNA, as outras, hora ou
outra passarão. Escutar o outro, não deveria ser um tormento para nós.
Reavalie, mude, conserte se desculpe, não podemos sair de uma reunião, com
assuntos a serem tratados. Com medo de a opinião dada ser vazada, e com o
sentimento frustrante de voto vencido. Haverá momentos em que nossa opinião não
será aceita, que ficaremos tristes por não nos ouvirem e acatarem nossa
sugestão, mas, é preciso entender que a ideia do outro, deve se tornar a minha,
quando decidido por sua maioria ou até mesmo pela autonomia da sua função.
A certeza de que somos humanos e erramos, deve ser fonte de graça e
aprofundamento espiritual. É assumindo nossos erros e deficiências que
encontramos conforto nos braços de Deus.
Alguém um dia vai ter que ceder pelo bem comum e pela preservação da
amizade. Volto a dizer que mais vale ter um amigo Cireneu, que um soldado.
Estamos presos uns aos outros administrativamente ou missionariamente.
Precisamos encontrar um jeito de trabalhar.
"É PRECISO QUE EU SUPORTE TRÊS OU QUATRO LARVAS, SE EU QUISER VER
AS BORBOLETAS!"
Perder aqui, pra ganhar mais na frente.
Paz e bem!