domingo, 24 de junho de 2018

Em algum momento eu me perdi, só queria poder saber onde e tentar voltar..

Mais um vez me encontro no vazio da madrugada, e, por um motivo sinto como se essa solidão se encaixasse com a fase que vivo. Ando me esquivando de algumas perguntas, porque até sei qual é a resposta. Falar dessas respostas ainda é difícil pra mim, já com 25 anos. Me pergunto se realmente precisarei falar delas. Ué o que me prende?
Perguntas jogadas ao vento, mais respostas interiorizadas, revisadas, acertadas e pontuadas! Sem dúvidas, não existe dúvidas!
Converso comigo já algum tempo, e o blog do ninho, tem se teletransportado para minha página do instagram, talvez por ser mais fácil "esconder" meus textos através das minhas fotos. Sinto como se o Blog, fosse visitado apenas por mim, e isso é o que me deixa a vontade, em escrever sobre mim e para mim. Aqui apenas escrevo com o intuito de ler mais na frente e comparar o meu eu, por eu.
Volto antão para o que me motivou a escrever: A reincidência das perguntas que me faço e já tenho as respostas. Busco pra já algo que me arrebate ao ponto de automaticamente eu me encontrar. Quero fazer sucesso imediatamente! Por onde começar?
Alguns amigos na tentativa de me ajudar, me direcionam para a leitura que eles fazem de mim. Logo eu, cheio de certezas e respostas pra minhas dúvidas. Talvez eu sinta vergonha, de usar tanto o talvez pra justificar minhas dúvidas, que já encontraram respostas.
Estou vazio, porque há algum tempo já não sonho mais. Em algum momento eu me perdi, só queria poder saber onde e tentar voltar, para me achar, e catar os pedacinhos desses sonhos e aí quem sabe, cola-los e remontá-los.
Queria sair do casulo, alçar novos voos, sozinho! Mas, não tenho coragem...


quinta-feira, 7 de junho de 2018

QUEM ERROU, FOI EU OU VOCÊ?

Acordei e talvez ainda esteja dormindo, ouvi a poesia que eu mesmo fiz há uns dois anos atrás, com a certeza de que o que eu vivia seria para sempre. 
Louco, pensei que as coisas ao passar dos dias se tornariam claras, para que de alguma forma eu conseguisse entender: QUEM ERROU, FOI EU OU VOCÊ?

Sim, os dias passaram, o incômodo passou, as coisas mudaram e mesmo que ainda tenha dúvidas, já não me importo com a resposta. Passado, infelizmente virou o que eu jurava ser eterno.

Foto: Jul 2016.
foto 2016.

Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular!



O lema da vida que se repele e repete para mim. Como um carro de som ensurdecedor, prestando homenagem ao amor e ao mesmo tempo fazendo-a passar vergonha.
O infinito particular, que é tão meu, como meus sonhos loucos e talvez até boêmios de um dia não tão longe de hoje, faz com que eu acredite que a profundidade de ser pode até acontecer.
Então, preciso falar que ao entrar, tome cuidado para não se perder dentro de mim. Por muitas vezes até eu mesmo, me perco. Não precisa temer, se não quiser ficar eu chamarei o socorro, eles te guiarão para fora. Não é desejo meu, manter ninguém por obrigação. No primeiro sinal de desespero claustrofóbico, que por ventura, você venha ter, siga para a saída de emergência, ela sempre estará sinalizada. Só não confunda EXIT com até logo, porque eu sou de inícios todos sabem, mais principalmente de FINAIS.

Familia

Deus em sua infinita misericórdia, nos presenteia a cada dia com a graça de ter nossa família. Estresses, brigas, alegria e o principal ter alguém quando não parecer ter ninguém.

Na morte da minha mãe, eu disse aos meus irmãos que precisávamos estar juntos. Que agora seria ~ só nós três,~ naquele dia prometemos em meio as lágrimas, que estaríamos juntos, pra sempre. Em muitos momentos de raiva e nas brigas tão bobas, falamos o que não sentimos na realidade. 
Quando eu não tiver mais nada ou ninguém eu sei que terei meus irmãos. É isso que significa pertença. É isso que eles são, foi esse sentimento que Marília me deu. Ela resignificou minha vida.

Como não agradecer a Deus? Felizes estamos por termos o amor, que recomeça, reconstrói e realiza. Marília com um mês, me lembrando e ensinando que o amor vence e venceu.

Obrigado Deus! 

Ser isso...

É diferente ser "isso" na terceira idade... Eu tinha aversão a essa possibilidade, porque imaginava não ter gás para acompanhá-los, nessa aventura louca de EJC. É loucura entender o tempo de Deus, o porquê de ser agora e não ter sido antes, o motivo da pertença. 
A resposta eu descobri hoje, a fraqueza do meu coração, a incerteza, a negação do meu coração, a minha solidão e principalmente o cansaço. Eu sempre disse que o Ejc é o amor da minha vida, é a minha vocação. É onde eu tenho meus encontros teológicos, meu aprofundamento, minhas maiores decepções e tristezas. Mas, é no ejc também que eu solto os sorrisos mais sinceros, onde meu coração pula pela boca, minha barriga dói de nervoso e onde eu sou minha melhor versão.

Eu já não sentia mais nada disso. Eis o motivo: Pertença! Uma vez em uma das minhas orações ano passado, eu pedia ao Senhor que ele me permitisse voltar ao primeiro amor. O problema é que nós esquecemos do que pedimos em oração, Deus não!

Eis o motivo... Eu sou pertença!

Custei acreditar no que Deus me preparava, ele queria responder minhas muitas mensagens no WhatsApp pra ele: SENHOR, EU QUERO VOLTAR AO PRIMEIRO AMOR! 📲

Já disse que eu e Deus, sempre travamos embates épicos? Ele sempre me chama pra algo e eu sempre estou ocupado... Eu sou dele, ele é meu.. daí ele queria me ensinar que ter é melhor do que ser... Eu era, mas não tinha. Entenderam a palavra pertença? É o sentimento de ter... e mesmo sem saber quem são, eles são meus.

Encontros com o divino

Deus ele é muito esperto, ontem ao voltar pra casa do trabalho, Ele (Deus) aprontou mais uma. Geralmente volto andando, mas, ontem foi diferente, me pegou pela preguiça de um dia cansativo e me fez ter no ponto de ônibus, uma experiência linda de volta ao seu amor primeiro.

Acompanhado apenas de uma menina no ponto, rua quase deserta, recheada de lojas do comércio fechadas ou fechando depois de um longo dia de trabalho, essa moça me aborda simpática e curiosa: Você vai pegar que ônibus? pergunta corriqueira para quem está acostumado com as longas demoras do transporte público.

Se eu soubesse que estaria prestes a ouvir à Deus, diria: Pegarei o ônibus do céu pra te encontrar meu Deus!
Mas, a verdade é que eu respondi: São Jorge via Ponta Verde. E continuei calado e surpreso com a abordagem dela. Com a demora do ônibus, nascia ali, uma amizade de ponto.

Íamos conversando e ela sempre mais falante que eu, contava-me bobagens até chegarmos ao assunto: FÉ.

Você mora no Vergel? Perguntei, na réplica da conversa. Ela respondeu que sim, e após alguns segundos, falávamos da ligação que se estabeleceu antes mesmo, desse encontro no ponto de ônibus. Éramos os dois do EJC.

Cansado, do dia e desse movimento que amo, aquela menina revelava-me empolgada que trabalharia a primeira vez, a equipe em que foi montada e seu desejo ardente de:TESTEMUNHAR o que Deus fez em sua vida. "Queria dar um testemunho, e ainda vou! Queria poder dizer aos jovens o que eu vivi, experimentei longe de Deus. Para que eles nunca passem pelo que eu passei!" O Ejc que eu aprendi a amar, se importava pouco com o que não se importa, e se importava demais em TESTEMUNHAR para que outros jovens não viessem a experienciar o desgosto de estar longe de Deus.

Talvez, algum dia tenhámos a ousadia de falar de Deus a um desconhecido no ponto de ônibus. Se não para salvar a vida dele através do amor de Jesus Cristo, que seja então para fazer com que ele volte ao primeiro amor.

Deus está em muitos lugares, confesso que fiquei surpreso ao saber que ele anda, no Vergel/Jatiúca.

Destá

Sou fã das voltas que o mundo dá... É de se admirar como as pessoas têm a chance de se reinventar, principalmente quando hoje, na guerra pessoal que travou ela fracassou.

Segura bebê, a montanha russa da vida tem alguns loopings, mais também tem fim. Hoje na solidão, que é tão solitária que até sua própria companhia incomoda, você só enxerga escuridão. Não será assim pra sempre! Em algum momento, entrarão no seu quarto, acenderão a luz e farão com que você disfarce o choro, que escondeu embaixo do lençol.

Ao pesar a guerra travada e perdida, você pensa não ter saída, não ter amigos, não ter forças... Já experimentou das voltas que o mundo dá?

Aos pouquinhos você entenderá, que passou... Ufa! você se livrou do medo de nunca mais parar de chorar, de nunca superar, de estar sozinho eternamente. Alguém um dia fará você sorrir novamente, mesmo que do jeito errado, tudo se encaixará. Eu já disse a você que eu sou fã das voltas e voltas e voltas, que o mundo dá?

Eita, Destá fez sentido agora, e nem precisei ver você batendo em minha porta!

Sua enxaqueca era tão comum, quanto estar só.

Pairamos por aí como se o horizonte tivesse fim e fosse palpável. Que loucos nós somos, imaginar que podemos ir tão longe ao ponto de tocar o intocável. Sonhador, gritaram eles com o intuito de me fazer desistir da missão de ser feliz.

Fugimos, eu e meu racional, querendo entender o que estava acontecendo, e de tanto bater a cabeça, não entendíamos. Foram as latas que carreguei na cabeça, cheias de água, de expectativas e certeza, urrava seu pensamento. Pobre ilusão, garotão já cheio de confusões, sua enxaqueca era tão comum, quanto estar só.

Esqueci as palavras que fizeram nascer a canção, que resignificou a minha vida. De alguma forma fora entendido, que meu coração batia numa frequência diferente, quando você estava por perto. Pensarão eles, que eu escrevo apaixonado, pois nas entre linhas tem amor. Bobões, a razão e o porquê de escrever, é um sentimento egoísta e já esquecido por alguns... Eu não o inventei meu bem, ele já existia!
Talvez você não o conheça, em meio ao amor (próprio), descubro a indelicadeza de não tê-lo sobrando para ofertar a mim, daqui a alguns anos.

Eu quero mesmo é saculejar

Quando a felicidade bater em nossa porta, talvez ela não se identifique nominalmente, será preciso esperteza para reconhece-la. Temos alguns medos, que se afugentam com o brilho da felicidade, por isso cuidado com os visitantes que batem em sua porta, alguns deles tentarão desviar a felicidade da sua casa.

Corra riscos, permita-se sonhar e ser feliz novamente. Os saculejos do ônibus em que você anda, é um grande exercício de aprendizagem, você não descerá do ônibus o mesmo. E eu? Eu, quero mesmo é saculejar!

A verdade é que precisamos a qualquer custo ser feliz, não importa onde, como, e muito menos com quem, precisamos ser felizes "na vera".

Somos quem queremos ser ou estamos alguém por alguém?

É preciso se desnudar, até que a única nudez que você sinta vergonha seja a sujeira que carrega com você. Definitivamente, não é vergonhoso ser quem somos. Deveríamos ter vergonha do que criamos ser e não botamos em prática. Sejamos então, nós mesmos, com a nudez de alma, abertos e livres de qualquer pensamento que aprisione nosso verdadeiro eu.

Sejamos sinceros, somos quem queremos ser ou estamos alguém por alguém?

É preciso nos libertar desse mal...

Ano passado em uma das minhas experiências de Ejc, eu fiz um texto e pedi que pelo amor de Deus, eles desejassem ser tudo menos, Deus. Precisamos cuidar de nosso espiritual, para que não caíamos, na tentação de satanás, em querer ser Deus.

Ao me deparar com situações assim, lembro do desejo que o Senhor colocava em meu coração, como moção pessoal: Cuidar para não cair na arrogância dos Fariseus, que tudo fazem, de tudo entendem e tudo tem gravado, mas, não o fazem para Deus, não entendem de Deus, e não gravam o amor de Deus nas pessoas.

É preciso nos libertar desse mal... Sim, mal! Cuidemos da nossa espiritualidade, para que ela não encontre o senhor da prepotência e arrogância. Cuidemos de verdade, para não nos auto-denominar TRINDADE SANTA.

Se eu florir e tu florires, nós juntos, formaremos um jardim!

Só quem já floriu em meio as dores, sabe o quão é difícil sorrir. Fazer de um limão, limonada, fazer "ensolarar" em meio a chuva, amar com o coração magoado. 
Pois bem, o Ejc, é além de encontros teológicos sociais (como os que Jesus teve), um momento novo de florir. Se eu Florir e tu florires, nós juntos formaremos um jardim!

Ontem por algum motivo, eu florir. Talvez com a graça de ter plantado minhas sementes em solos que sem dúvidas nenhuma, é terreno de Deus. Vou florir, mesmo que no lugar de flores, nasçam ervas daninhas, mesmo que não entendam o processo que levei, para ter minhas mudas, mesmo que não tenha mais água nenhuma para rega-las. Eu flori novamente, porque Deus, com sua infinita bondade permitiu-me um solo bom e firme.

Se eu florir e tu florires, nós juntos, formaremos um jardim!

Eu quase fui tronco cortado, porque não frutificava.

Me afoguei em espinhos

Que sufocaram minha fé
Mas tu me abristes um caminho
E eu pude te encontrar Deus
Eu consegui voltar

Me faz crescer como a árvore
Me enraizar em ti e dar
Santos frutos, santos frutos

Dar frutos não é o principal objetivo da árvore, assim eu acredito. Talvez um dos motivos, menos ressaltados, são as possibilidades que se têm, após o corte da árvore. Já morta, apenas madeira, ela de alguma forma, ganha forma. A árvore ressignifica os frutos, pois consegue talvez, nas mãos do carpinteiro torna-se móvel útil e essencial.

Poxa, isso me faz refletir, que quando eu era terra infértil, árvore sem frutos, quase me tornando, apenas madeira, Deus olhou pra mim através dos olhos de alguém e devolveu-me a vida. Se hoje eu sou árvore, ontem eu quase fui tronco cortado, porque não frutificava.

Eu mesmo me auto-sufoquei, quis me fechar e não encontrar ao autor da Fé. Eu fui árvore, fui tronco, fui móvel e voltei a ser árvore, me resgatam e de alguma forma dei frutos. Talvez, agora vocês entendam que dar frutos não é a principal função da árvore. A sua principal função é ser árvore, dando frutos ou sendo madeira, que ela apenas seja para Deus, matéria prima de sua vontade.

Eu quero te dar, Santos frutos...

Quando a euforia acabar

E quando a euforia acabar, alguém precisa ter fôlego pra continuar, fogo pra queimar, amor pra recomeçar. Desejamos talvez, ter do outro, o que eles têm e em algum momento venham perder. A grama do vizinho é sempre mais verde, a felicidade é sempre constante e postada e a nossa frustração chega a assustar.

Eu vou mesmo vestir o sorriso mais bonito, a roupa nova que comprei pra me sentir melhor. O orgulho que escondi, com medo de ser arrogante e vou as ruas. O desânimo, a angustia e o medo, eu não tenho mais, afungentei com a coragem que herdei de quem já não queria.

Pai, paiê, painho, meu pai, Ninho.

Disseram que a missão era ser anunciadores de Cristo. Nosso primeiro propósito era falar de Deus para alguém. O segundo foi dizer eu te amo, para alguém. Nascia ali, na necessidade de concretizar, o que Deus suscitava em nossos corações, nossos propósitos... Acordar com uma mensagem de bom dia, com uma partilha diária de uma oração pessoal deles, de uma justificativa de amor porque por algum motivo, realmente importante não poderiam estar hoje na nossa reunião, é uma descoberta de amor. Como assim, Jesus, você só guardou tudo isso para agora?

Eram eles, disseram uma amiga. Eram pra ser eles, Ninho! Concluiu ela, após uma partilha emocionada minha.

Caminhei piedosamente, cansado, ao lado de minha filha, mesmo sem vontade. Caminhei por ela, pra ela. E nessa caminhada, eu vi Jesus passar, estando ali, quieto e cansado, no meu lugar. Ela que me mostrou Deus e não eu a ela.

AHHHH, e a primeira benção? O primeiro abraço? O primeiro olhar nos olhos, o primeiro te amo, a primeira saudade, e a primeira certeza: Eles são tão nossos, Thay!

E quando vieram sem saber, falar deles, de como eles são ousados em testemunhar a Deus, da história deles e de como Deus agiu na vida deles e não sabem o quanto cada partilha daquelas, nos fizeram rever os cuidados de Deus nas nossas vidas... orgulho e certeza de que, eles são massa e nós é que aprendemos, no lugar de ensinar.

Eita, e no silêncio com o olhar brilhante dos olhos, que talvez nem precise de complemento, porque o coração entende, o que eles têm pra falar, talvez as palavras nem sejam necessárias nesse momento.

Pai, paiê, painho, meu pai, Ninho. Não interessa, quero mesmo é saber, que minha solidão foi rompida e já não posso estar só, porque é necessidade do meu coração, tê-los no meu. "Vontade de Deus, és o meu refúgio..."

Estou barulhento por dentro

Às vezes estou barulhento por dentro. É como se eu gritasse e não pudesse ser ouvido, é como se o mar coubesse dentro de mim, mas, ele não ...