sábado, 21 de janeiro de 2017

Quando eu me espalho, ninguém me junta!

As pessoas me enxergam como alguém aberto, comunicativo e engraçado. Não tem nada de humor nas coisas que eu falo sorrindo. Eu nem sou tão comunicativo assim, só tenho necessidade de falar o que eu penso e farei isso se agradar ou não quem me ouvir. E por fim, acham que tem abertura para me definir.

A loucura nisso tudo, é que eu devo ter um rosto comum, daqueles que sempre parece o filho de alguém, primo de fulana, irmão de sicrano. Percebi isso, nas filas de banco, dentro de ônibus, andando nas ruas. As pessoas puxam papo, falam da sua vida, me abraçam, riem sem nem me conhecer.

Se assustam e logo julgam na primeira patada que por ventura eu venha dizer. Primeiro contato comigo é sempre divertido, legal e engraçado. Depois descobrem que por trás de tantos risos e simpatia (existem controvérsias), existe também seriedade e momentos de estresse. Mas, não é assim com todo mundo?

Eu acho que as pessoas que me conhecem, acreditam fielmente que sou aqueles personagens de desenho animado caricato, que usa a mesma roupa todos os episódios, riem do mesmo jeito, fazem as mesmas coisas ou são apenas de um jeito, não se permitindo ter sentimentos.

Não, definitivamente não sou o gordinho engraçado, boa praça e simpático (pelo menos não sempre).
Não sou Lego, pra me encaixar no que vocês julgam maturidade, responsabilidades e ideal. A primeira coisa que você deve aprender sobre mim é que: quando eu me espalho, ninguém me junta!

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