segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A catequese de 7 minutos

Hoje Deus resolveu me presentear com uma catequese que durou no máximo 07 min. Entrou na loja uma mãe e uma filha que ainda indecisas não sabiam o que pedir. Em uma conversa rápida, a menina escolheu um bolinho pirex, sabor queijo. A mãe por sua vez, fez seu papel,  mexeu na bolsa e como se mudasse de ideia, resolveu não mais tirar o dinheiro para pagar sem antes, nos ensinar. Isso mesmo, nos ensinar, porque eu também me incluo nesse ensinamento. Olhando para sua filha, perguntou: Quanto custa o bolinho que compramos? A filha respondeu rápido: - 2 REAIS! e a mãe continuou tirando a nota de 10 reais da bolsa, E Quanto ele devolverá para a gente?
Eu assistia tudo por trás do balcão, atento a tudo e curioso com o que aquela mãe fazia. Ela em um determinado momento virou pra mim e disse: CALMA, TENHA PACIÊNCIA! Mas, eu em nenhum momento me mostrei incomodado ou impaciente, pelo contrário, estava curioso para ver o desfecho daquela catequese que apareceu na minha frente. Na conversa da mãe e da filha, onde parecia que não existia mais ninguém no ambiente, sem contar comigo de intruso lá como telespectador. O desfecho da história é que a mãe decidiu se dedicar ali na minha frente na aprendizagem de sua filha, sem se importar com o que eu acharia se era pertinente ou não, se eu gostaria de acompanhar ou não. O jeito que ela conversava com a filha muito se parece com o jeito que minha amiga Joyce fala, fora que a catequese na qual eu falo, veio com a frase final depois de ter passado o troco e ser corrigido pela mãe: DEIXE QUE ELA  PRECISA CONTAR SOZINHA! E ao sair virou pra trás e me disse: EU NÃO ESTAREI AQUI O TEMPO TODO NÉ? UM DIA EU VOU MORRER!
Vejo Deus nessa cena, me falando que eu preciso deixar que as pessoas a minha volta aprendam, sem que eu interfira na sua aprendizagem. Deus muitas vezes me chama a ser telespectador e não o protagonista da história. Talvez eu precisasse hoje compreender que um dia minha proteção não mais existirá e eu preciso me virar. Ah, a filha tinha Down mais quem se importa com esse detalhe, quando se tem uma mãe que mais se parece com Deus?

Calma, tenha paciência! Eu estou ensinando... disse Deus para mim no trabalho hoje.

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