quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Um cara de poucos amigos e o dilema da morte.



Eu posso ser um cara muito querido mas desconheço. Me sinto hoje um completo desconhecido, com alguns que se diziam meus amigos. Estava quase agora vasculhando e matando, minha curiosidade em relação as postagens das pessoas que eu tenho adicionadas, no meu facebook, e me deparei com uma mensagem de luto por um menino jovem, de no máximo 20 anos. Muitos amigos postavam no perfil dele as mensagens que eles queriam ter falado pessoalmente (acredito eu). Incrível como esse assunto me fascina, se você me perguntar se eu gosto da morte, eu responderia rápido que ela me fascina! Sim esse mistério que tem em torno dela, as mensagens de luto, os abraços de compaixão, a dor, o renascimento,  as descobertas que só a morte nos ensina. Uma pena essas despedidas de facebook! Uma pena o Marquinhos não poder mais entrar em sua conta no facebook e poder ler nas suas notificações, tantas mensagens de amor e carinho, fico me perguntando: - será que ele sabia que era tão amado assim? será que as pessoas sabiam que o amavam?
Pois bem meus queridos, eu Anderson, Ninho, Nego, Amigo, Preto, Amor etc... Não tenho muitos amigos! Tenho alguns, não que eu não quisesse ter vários amigos, sempre dei muito valor pra amizades, mas eu não tenho (e tenho uma certa culpa nisso). Quando eu morrer, estranhem muitas mensagens de luto eterno, declarações de amor e não deixem que falem de mim como FALECIDO. Não se despeçam de mim, como alguém que vocês nunca mais vão encontrar, não usem adeus, não deixem que façam de mim um santo, também não deixe que me massacrem, só os meus, sim os meus AMIGOS sabem quem de fato eu sou.Todo luto tem que ser vivido intensamente, mas não deixem que o luto se torne a VIDA DE VOCÊS. (Eu tenho conhecimento de causa nesse assunto) O que tiver de falar pra mim, fale em vida, deixe que na morte esteja presente só as lembranças da vida.

Um abraço, um desabafo, um Ninho.


Até logo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Estou barulhento por dentro

Às vezes estou barulhento por dentro. É como se eu gritasse e não pudesse ser ouvido, é como se o mar coubesse dentro de mim, mas, ele não ...