quinta-feira, 7 de junho de 2018

Pai, paiê, painho, meu pai, Ninho.

Disseram que a missão era ser anunciadores de Cristo. Nosso primeiro propósito era falar de Deus para alguém. O segundo foi dizer eu te amo, para alguém. Nascia ali, na necessidade de concretizar, o que Deus suscitava em nossos corações, nossos propósitos... Acordar com uma mensagem de bom dia, com uma partilha diária de uma oração pessoal deles, de uma justificativa de amor porque por algum motivo, realmente importante não poderiam estar hoje na nossa reunião, é uma descoberta de amor. Como assim, Jesus, você só guardou tudo isso para agora?

Eram eles, disseram uma amiga. Eram pra ser eles, Ninho! Concluiu ela, após uma partilha emocionada minha.

Caminhei piedosamente, cansado, ao lado de minha filha, mesmo sem vontade. Caminhei por ela, pra ela. E nessa caminhada, eu vi Jesus passar, estando ali, quieto e cansado, no meu lugar. Ela que me mostrou Deus e não eu a ela.

AHHHH, e a primeira benção? O primeiro abraço? O primeiro olhar nos olhos, o primeiro te amo, a primeira saudade, e a primeira certeza: Eles são tão nossos, Thay!

E quando vieram sem saber, falar deles, de como eles são ousados em testemunhar a Deus, da história deles e de como Deus agiu na vida deles e não sabem o quanto cada partilha daquelas, nos fizeram rever os cuidados de Deus nas nossas vidas... orgulho e certeza de que, eles são massa e nós é que aprendemos, no lugar de ensinar.

Eita, e no silêncio com o olhar brilhante dos olhos, que talvez nem precise de complemento, porque o coração entende, o que eles têm pra falar, talvez as palavras nem sejam necessárias nesse momento.

Pai, paiê, painho, meu pai, Ninho. Não interessa, quero mesmo é saber, que minha solidão foi rompida e já não posso estar só, porque é necessidade do meu coração, tê-los no meu. "Vontade de Deus, és o meu refúgio..."

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