quinta-feira, 18 de julho de 2019

Partes de uma cebola

Cheio de partes iguais as camadas de uma cebola. Fui me debruçando nas descobertas que eu fazia de mim, foi um caminho lento de descobertas. Foi um caminho de liberdade poética. Muito se foi falado, muito ficou na fantasia de alguns. Começo então a falar de mim. Quem seria melhor que eu mesmo pra mensurar os pesos e as medidas da minha própria vida?
Poderia devolver com perguntas as pergunta que vocês sempre quiseram me fazer, mais nunca fizeram porque não tinham o direito. Sou cebola, que quando descascada faz chorar, mas, misturada ao azeita doura e refoga, trazendo aroma e sabor.
Caminhei, caminhei, caminhei...
Poetizei, misturei, romantizei a descoberta, os segredos do mundo, a cópia da chave, as formas geométricas, o cárcere que vivi, a liberdade que experimentei, a certeza que me foi dada.
Minha inconstância é natural eu sei... Explodi e quebrei o que sempre quis saber: o paradigma do ser.
Disse a titia uma vez que disso não abriria mão. Das camadas descascadas, da mensuração das medidas, das poesias escritas e da verdade translúcida, cheguei à conclusão que meu coração acatou a decisão: Do amor sem medidas. Vai demorar pra chegar na última camada, mais a observância e o namoro próprio te carameliza, te adocica e te prepara para a glória deliciosa que é compreender que você é maior do que, os que os outros pensam que/quem você é!

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